14 de fevereiro de 2017

Proteção contra produtos químicos



Os produtos químicos são um dos maiores riscos para os funcionários de qualquer instituição. Os riscos químicos podem causar irritações na pele e nos olhos; queimaduras de diversos graus; inalação de vapores; doenças respiratórias; impactos no sistema nervoso e dependendo do produto até alguns tipos de câncer. Em casos de maior severidade, os produtos podem causar até incêndios e explosões.

E para proteção desses riscos químicos muito presente nas organizações as empresas devem utilizar diversos mecanismos para proteção aos trabalhadores. Alguns EPC’s (Equipamentos de Proteção Coletiva) utilizados são os exaustores de vapores e gases, lava olhos, chuveiros de emergência, barreiras de isolamento para produtos altamente perigosos, entre outros. Planos de emergência para resgates e evacuações são necessários, além de uma brigada de emergência preparada para atendimento a primeiros socorros e combate a incêndio.

Quanto aos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) para risco químico, especificamente as luvas de segurança, existem diversas opções para plena proteção. Para tanto, alguns fatores são importantes para definição da luva mais apropriada:
  • Produto químico;
  • Concentração do produto químico;
  • Mistura com outro produto;
  • Tempo de contato com o risco;
  • Tipo de contato (imersão, contato com objetos molhados, e etc);
  • Necessidade de tato;
  • EPI descartável ou não;
  • Peculariedades da operação.

As soluções de luvas de segurança utilizam produtos largamente testados e com comprovada eficiência para proteção química. Os mais comuns são:
  •    Látex: é uma dispersão estável (emulsão) de micropartículas poliméricas em um meio aquoso. Na natureza, látex pode ser encontrado como uma secreção esbranquiçada, raramente amarelada, produzida por algumas plantas como a seringueira. A desvantagem do látex é que parte da população mundial tem alergia ao produto; e está sujeita a variação forte de preços conforme safras dos produtos. Tem ótima performance em elasticidade;
  • Borracha natural: A borracha natural é o produto primário da coagulação do látex da seringueira. A borracha atende nichos específicos na proteção química, e quando natural (sem carga) oferece excelente desempenho;
  • Nitrílico: é uma família de copolímeros insaturados. Embora as suas propriedades físicas e químicas de variar, dependendo da composição do polímero de nitrilo, esta forma de borracha sintética é geralmente resistente ao óleo, combustível, e outros produtos químicos (quanto mais nitrilo no interior do polímero, maior será a resistência aos óleos, mas inferior a flexibilidade do material). Possui menos elasticidade que o l&aac ute;tex e é confeccionado a partir do butadieno, derivado do petróleo;
  • Neoprene: é uma família de borrachas sintéticas, que são produzidos por polimerização de cloropreno. Apresenta uma boa estabilidade química, e mantém a flexibilidade ao longo de um amplo intervalo de temperatura. Específico e caro, oferece proteção contra produtos químicos específicos;
  • PVC: é um plástico não 100% originário do petróleo. O PVC contém, em peso, 57% de cloro e 43% de eteno. Como todo plástico, o vinil é feito a partir de repetidos processos de polimerização que convertem hidrocarbonetos, contidos em materiais como o petróleo, em um único composto chamado polímero. O PVC tem menos flexibilidade que os outros produtos, mas tem alta disponibilidade no mercado e mais estabilidade por ser um produto sintético.

Para cada risco químico, há uma luva apropriada para sua utilização. As luvas oferecem diferentes espessuras; tamanhos variados; forros com flocos de algodão; forro com luvas de tecido ou tricotadas; diferentes comprimentos de luvas; entre outras opções. Para operações com alto risco, há também luvas com saque rápido para qualquer eventualidade.